Fonte: 4Partner
Por Carlos Siqueira
Durante o Plano Nacional da Internet das Coisas, o professor e pesquisador Eduardo Magrani questionou alguns pontos importantes. A Internet das Coisas (IoT) é o conceito de interação entre as tecnologias e cada dia mais tem ganhado espaço no mundo.
Porém, ainda não existe uma regulamentação exata, e isso pode ser prejudicial para o desenvolvimento de soluções tecnológicas, também para a transparência e a privacidade dos usuários, o que explica o professor e pesquisador Eduardo Magrani, do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas. Ele participou da consulta pública sobre o Plano Nacional de Internet das Coisas no dia 6 de fevereiro e comentou sobre a visão dele para a regulamentação do IoT.
Questionou principalmente que os aparelhos interconectados conseguem ter um banco de dados sobre os usuários e entender os seus hábitos, em caso de hackeamento, todas as informações da vida de alguém poderão ser expostas para o mundo. Além disso, mesmo sem um ataque de hacker, fica a pergunta de quem poderá ter acesso a essas informações, isso não é bem explicado pelos fabricantes.
“Inclusive dados sensíveis, eles podem saber o que a gente come, quanto a gente gasta de calorias durante o dia e qual é o nosso percurso para o trabalho ou para qualquer lugar. Todos esses dados são informações pessoais que, se comercializadas ou transferidas a terceiros sem o nosso consentimento, podem vir a gerar algum dano nas nossas vidas. Então, a internet das coisas acaba impactando a todos nós por remeter a questões de privacidade”, afirma Magrani, refletindo sobre a falta de transparência, que deve ser um dos pontos resolvidos no Plano Nacional.
O que a regulamentação pode mudar?
A Internet das Coisas é algo que pode revolucionar o modo como vemos as coisas e o mundo. Pode ser benéfico para o desenvolvimento de novas tecnologias em diversos setores. Porém, aqui no Brasil, precisa de uma regulamentação para que tudo aconteça de forma correta, de modo que os usuários se sintam seguros em usar e haja transparência dos desenvolvedores em mostrar como os dados são armazenados.
Além disso, é preciso ter uma padronização como afirma Magrani: “Para o seu celular se comunicar com a sua geladeira, deve haver um padrão compatível de conexão entre eles. Então, esse é um problema da internet das coisas, como a criação de padrões que permitam essa intercomunicação entre os objetos”.
O que você acha da Internet das Coisas? E sobre a questão da regulamentação aqui no Brasil?